quinta-feira, 16 de junho de 2016

METAFÍSICA E LÓGICA

Metafísica: o que está além da física, a ciência do suprassensível.
O princípio primeiro da Metafísica aristotélica: “todos os homens, por natureza, desejam conhecer”. Quanto  mais conhecem, mais têm o desejo de conhecer. Em razão desse princípio
desiderativo e sua necessidade de compreender os fenômenos da natureza, que tanto os instigavam, inciaram os estudos filosóficos.
Os primeiros fisiólogos, como: Tales, Anaxímenes, Diógenes, Heráclito e Empédocles buscavam conhecer através de causas materiais como princípios da natureza, o que Arsitóteles criticou por considerar a existência de outras forças motoras, uma causa eficiente para as mudanças.
Aristóteles entendia que havia uma causa além da material por considerar que “a matéria não é sujeito das próprias mudanças” e observou as ideias defendidas por Parmênides e Hesiodo como o desejo e o amor como força motora para transformação do mundo, embora as tenha considerado vagas e obscuras.
Pitágoras e Platão foram, na concepção de Aristóteles, os que mais se aproximaram das causas formais com os princípios das ideias e dos números.
O princípio da não-contradição da metafísica foi o fundamento da lógica aristotélica e pressupõe o uso da linguagem para comunicação humana. É o primeiro princípio da ciência do “ser enquanto ser”.
Para Aristóteles a humanidade se confirma através da linguagem. O homem pra ser humano tem que querer dizer alguma coisa, mas o que é dito tem que ter algum sentido. Dessa forma Aristóteles cria a teoria da significação propondo uma distância entre signo e significado, entre linguagem e pensamento e linguagem e ser; as coisas têm essência e a linguagem tem sentido, sendo assim não são a mesma coisa. Quando queremos demonstrar algo  é preciso que “esse algo” tenha um significado e que faça algum sentido.Esse sentido é determinado pelo predicado da proposição e que esta deve ter sempre um sentido único. 
Fazendo uso da razão o homem elabora seu conhecimento através da linguagem, oportunizando seu interlocutor ao contraditório, ou seja, a refutação. Não é possível dizer a mesma coisa e seu contraditório em um mesmo discurso.
Foi a partir da análise do que os primeiros filósofos trouxeram como respostas para explicar a origem das coisas e da realidade que Aristóteles formula a lógica, como instrumento para um correto pensar, mostrando assim o quanto os filósofos anteriores eram contraditórios em suas conclusões ou conceitos por serem frutos de raciocínios errados; ao mesmo tempo, essa mesma lógica validava seu argumento. Um dos princípios da lógica Aristotélica é o “Princípio da não contradição”, com ele era possível conciliar os pensamentos, as idéias e conclusões  mediando a verdade ou a falsidade de seus argumentos.
O princípio da não contradição diz que “o mesmo atributo não pode, ao mesmo tempo, pertencer e não pertencer ao mesmo sujeito com relação à mesma coisa.” (apostila metafísica e lógica, p3)e é o primeiro principio da metafísica. Sendo assim, a lei lógica equivale à lei ontológica, já que  o princípio que fundamenta a investigação metafísica é um princípio lógico. De acordo com Aristóteles esse princípio escapa à toda demonstração, sendo assim, a prova desse princípio deve ser buscada por meio da refutação, já que não é possível à sabedoria demonstrar diretamente a verdade e o valor de um princípio primeiro.
A lógica é o modo pelo qual  o filósofo vai tratar das questões universais na visão metafísica.
As demais ciências tratam das questões particulares.