segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A Filosofia da Grécia Antiga


A FILOSOFIA DA GRÉCIA ANTIGA COMO INSPIRAÇÃO PARA O ATUAL DEBATE SOBRE O ENSINAR A FILOSOFAR

Professor Marcelo M. Barreira / Sead – UFES – Setembro 2015


O módulo 5 encerra o percurso pela Filosofia Política II – EAD e no material disponibilizado (texto e vídeo-aula) o Professor Marcelo traz uma reflexão sobre as Orientações Curriculares para o Ensino Médio elaboradas pelo MEC, através das LDBs. Lembrando que são apenas “orientações” e não leis.

Este módulo trata enfaticamente de como o docente deve  preparar-se para o exercício da docência em Filosofia e para o “ensinar a filosofar”.
Protágoras, por sua técnica do discurso e liderança traz uma perspectiva de que deve-se ter como ponto de partida o ambiente cultural do cidadão em uma vínculação com o cotidiano e protagonismo social, para formação  na busca do  bem comum e da ordem democrática, buscava provocar o debate, a discussão e ouvia as opiniões diversas.
Já Platão era monológico e seguia uma orientação pessoal do ensinar, considerava que o filósofo era  o direcionador das ideias.
Os educadores precisam conhecer os textos clássicos para que sejam utilizados como orientadores para situações pedagógicas desafiantes e para formação do pensamento, sem perder de vista o caráter sócio-cultural dos educandos e de suas vivências da realidade.
A Filosofia não é improviso, nem simples emissão de opinião, mas é preciso construir a sensação de de crescimento, para despertar interesse no desenvolvimento do conhecimento. É preciso que os educandos tenham a certeza  de que estão apreendendo as grandes questões postas, para uma condição de entendimento e de mudança do meio em que vivem.
O ensino da Filosofia desperta duas possibilidades: de rejeição ou de assimilação (até encantamento), mas no ensino médio ainda não se tem a verdadeira dimensão do que possa ser e acaba tornando-se enfadonha. Diferentemente do ensino superior (licenciatura ou bacharelado) que já pressupõe uma escolha direcionada ao “aprender a filosofar”.
A utilização, em grande escala no ensino médio,  de professores improvisados, sem a devida formação na disciplina, dificulta a transmissão da ideia de complexidade da tradição filosófica, tendo em vista que é fundamental que os docentes tenham dialogado com os grandes filósofos, para saber usar seus ensinamentos no despertar do pensamento crítico nos educandos.
Concluindo, deve-se criar uma consciência crítica e debater com os atores envolvidos, na busca de uma efetiva educação racional e cidadã e não apenas técnico-científica.



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